De abraço, de um carinho, de um sorriso, de amigos, de um amor, de lugares, de um momento, de uma situação. Não importa. O que importa é que todo mundo já sentiu saudade. Já diziam os poetas que o criador de tal palavra não sabia a profundidade e o poder da sua criatura. Uma trissílaba capaz de mudar nossos comportamentos e desejos, de ficarmos horas e horas pensando em algo que se foi, mas que não se perdeu.
É devidamente relevante enfatizar que saudade não é sinônimo de perda, mas sim de falta. Se você está com saudade, não é porque perdeu algo ou alguém, mas sim que sente falta do objeto em questão. Logo, tal ser permanece vivo nos seus pensamentos, fazendo jorrar uma fúria de emoções que alteram suas ações e seu raciocínio. E isso é ruim? Depende do ponto de vista.
Há pessoas que afirmam ser a saudade algo negativo, como uma comprovação de perda sobre um tempo que já passou e que agora não mais existe. Como disse anteriormente, saudade na verdade é falta. Assim, prefiro a linha de pensamento que saudade nada mais é do que uma manifestação de amor, afeto e carinho. De necessidade do objeto amado.
O mundo seria triste caso a saudade não pudesse ser definida em uma palavra singular. De fato, tal inventor não sabia com o que estava lidando. Mas aplaudo de pé aquele que, com uma trissílaba capaz de mudar meu comportamento, pôde definir essa avalanche de emoções em: saudade.